Produção da vacina contra Covid-19 no Brasil e situação de brasileiros em Angola foram os temas discutidos nesse encontro.
O senador Nelsinho Trad (PSD/MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, se reuniu na tarde desta quarta-feira (22), no Itamaraty, com o ministro das relações exteriores Ernesto Araújo. No encontro, trataram sobre a cooperação do Brasil com os Estados Unidos para produção da vacina contra o Covid-19 em território brasileiro e decidiram sobre o tratamento diplomático com Angola, para defender lideranças religiosas que teriam sido perseguidas naquele país. “Decidimos que vamos nos reunir virtualmente na quinta ou sexta-feira da próxima semana com autoridades angolanas”, comentou o senador Nelsinho Trad.
Para tomar providências sobre a possível agressão contra brasileiros membros da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola foi institucionalizada comissão parlamentar no Senado Federal, sugerida pelo senador Nelsinho Trad, composta por oito parlamentares (quatro titulares e quatro suplentes). Vão participar da reunião virtual os membros da Assembleia Nacional da Angola, parlamentares da comissão e os ministros das Relações Exteriores dos dois países. “É algo que precisa ser devidamente esclarecido. Os brasileiros que estão lá precisam de segurança, de garantia de sua integridade física e de proteção do seu patrimônio”, destacou.
Vacina contra o Covid
O senador Nelsinho discutiu com o ministro Ernesto Araújo algumas ações necessárias para produção da vacina contra o coronavírus no Brasil. “Existem medidas no âmbito do Executivo e do Legislativo que devem ser adotadas para agilizar a produção de vacinas para os brasileiros. O ministro considerou muito positiva a cooperação entre as comissões de relações exteriores do Brasil e Estados Unidos sobre saúde pública global e vai acompanhar o processo”, afirmou o senador Nelsinho.
Entre as ações estão a aprovação do PL 7082/2017, de autoria da ex-senadora Ana Amélia, com alterações sobre a pesquisa clínica em seres humanos.
Também é preciso reduzir o prazo da ANVISA/CONEP para aprovação de pesquisa médica, hoje estabelecido em 18 meses e regulamentar a parceria público-privada para criar mecanismo de apoio ao Instituto Butantã/Fiocruz, que recebam recursos específicos para as pesquisas de COVID19, a fim de possam contratar pessoal especializado e realizar investimentos nos laboratórios.
“Estou confiante que logo daremos início à produção da vacina no Brasil, vamos trabalhar para que as demandas sejam solucionadas. Com a vacina poderemos reduzir a propagação do vírus, evitar o colapso do sistema de saúde e retomar o desenvolvimento econômico do Brasil”, finalizou o senador.