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Sanesul estuda plano de migração ao mercado livre de energia

O marco do saneamento criou um ambiente competitivo que obriga as companhias a investir em outros setores do mercado.

A Lei 11.445, de 5 de janeiro de 2007, estabeleceu diretrizes nacionais para o saneamento básico no país. O marco do saneamento criou um ambiente ainda mais competitivo que obriga as companhias estaduais a investirem em experiências consolidadas e outros setores do mercado. Com isso, o conhecimento e desenvolvimento de estratégias de gestão empresarial de operação e/ou manutenção dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, passou a ser um diferencial de fortalecimento para se manter, prosperar e crescer no setor.

É essencial conhecer as tendências e inovações tecnológicas, particularmente aquelas atreladas à energia elétrica, pois as concessionárias de saneamento tem demandado consumo crescente nas diversas atividades de captação, tratamento e distribuição de água potável, bem como às inerentes ao esgotamento sanitário que tem nesse insumo o principal “input”, ampliando o custo de operação, manutenção, administrativo e auxiliar.

Para o nfrentamento desse cenário, a diretoria executiva da Sanesul tem discutido alternativas e promoveu uma reunião, em vídeo conferência no dia 4 de maio, para que a Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul possa ingressar na modalidade de mercado livre de energia.

Trata-se de um ambiente para grandes empresas negociarem livremente as condições comerciais favoráveis de compra de energia para médio e longo prazo, inclusive, compras de fontes alternativas.

“O tema tem sido pautado junto a múltiplos investidores-fornecedores dos serviços, com expertise de atuação em ambiente de contratação no mercado livre no Brasil e no mundo, ampliando o leque da concorrência para obtenção do melhor custo a fim de diminuir as despesas da empresa” declara Onofre Assis de Souza – Diretor Comercial e de Operações da Sanesul.

A predominância atual dos nossos serviços é feita por energia convencional – através de matriz energética proveniente de usina hidráulica – gerando alto custo para a empresa.

Diretoria executiva da Sanesul promoveu reunião por vídeo conferência para discutir estratégias da nova modalidade.

“A ideia é utilizar a gestão de mercado livre para a obtenção de novas fontes de energia renovável, mantendo a qualidade no fornecimento e na distribuição de energia”, garante o engenheiro Elthon Santos Teixeira – Gerente de Desenvolvimento Operacional.

O principal benefício levantado é a redução nos custos para a Empresa de Saneamento. A previsão é ter redução de custos no médio e longo prazo, acima de 5 anos, a partir da atuação dentro do mercado livre de energia. “A economia pode chegar a 50% de desconto tanto pela compra de energia incentivada quanto pela diversificação dos fornecedores, estimulada pela competitividade e concorrência desse novo mercado” avalia o engenheiro Ubirajara Marcheti dos Santos – Gerente de Manutenção da Sanesul.

“A recomendação é de que a migração seja feita em blocos e, a princípio, a Sanesul entraria com poucas unidades, através das que estão situadas nas maiores cidades atendidas como Dourados, Três Lagoas e Corumbá. Assim que consolidada no mercado livre, as outras unidades menores entram nas próximas fases”, afirmam os engenheiros e coordenadores Alexandre Santos Andrade e Adailton Freitas Menezes.

“Estamos estudando com nossa equipe há algum tempo, todos os benefícios e riscos dessa migração para o mercado livre e essa reunião foi muito esclarecedora para elucidar nossas dúvidas e sedimentar nosso conhecimento” afirmou o assessor técnico e engenheiro Eugênio Fonseca Barbosa.

“As projeções de rendimentos são muito atraentes ,e apesar de ser um mercado bem recente para o Brasil que conta com apenas 30% das empresas no mercado livre, já contamos com a solidez dessa modalidade de contratação com bons resultados no setor de saneament.Então, precisamos estreitar as nossas ideias, consolidar o termo de referência para fazer a migração e formalizar nosso edital para uma futura licitação. Todos esses passos são fundamentais para uma melhor tomada de decisão que, é claro, será favorável à nossa empresa resultando em uma economia bastaste significativa” concluiu o Diretor Comercial e Operações Onofre Assis de Souza.