Já completamos mais de um ano desde o primeiro registro de coronavírus no Brasil e, apesar de já conhecermos boa parte das medidas de segurança, acabamos dando aquela relaxada e a conta está aí: vivemos o momento mais crítico da pandemia. Ao longo deste um ano, também fomos bombardeados por uma série de fake news, que causou certa confusão na cabeça de todo mundo.
Pensando em ajudar a população a se proteger ainda mais da Covid-19 e tirar as principais dúvidas, o gerente de SST (Saúde e Segurança do Trabalho) do Sesi, Michel Klaime Filho, esclareceu alguns pontos. Confira:
1 – Existe uma máscara mais segura do que a outra?
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda máscaras com pelo menos três camadas de diferentes materiais específicos: a camada mais externa de material hidrofóbico, a camada intermediária de material sintético e a camada interna de material absorvente. Segundo Michel Klaime Filho, o ideal é procurar máscaras com proteção mínima recomendada.
“Nos casos de pessoas que integram os grupos de risco, estão com sintomas ou em contato com pessoas comprovadamente contaminadas, o recomendado é utilizar máscaras cirúrgicas ou PFF2 e N95, que oferecem a proteção a agentes biológicos na forma de aerodispersóides”, explicou o gerente de SST do Sesi.
Para a população de modo geral, podem ser usadas as máscaras de tecido, desde que haja atenção com relação às tramas. “Tramas de tecido abertas e tecidos elásticos, como o tricô, não protegem. E existem ainda aquelas com costuras frontais, como as de partes e outros adornos, que também não indicadas”, destacou Michel Klaime, ressaltando que além das máscaras, é necessário higienizar bem as mãos e superfícies de contato, fazer o distanciamento de 1,5 metro, preferir espaços com boa ventilação e fazer o isolamento em caso de sintomas de Covid-19.
2 – Quando devo procurar apoio emocional? Existem alguns “gatilhos” importantes para eu prestar atenção?
Em tempos de pandemia, sofrimento coletivo, não é exagero buscar suporte emocional por meio de rede de apoio ou mesmo um profissional especializado. “Embora algumas reações possam ser consideras esperadas em um cenário de desastres de grandes proporções como este, é importante observar a frequência e intensidade de possíveis sintomas, especialmente quando ocorre limitação de tarefas cotidianas, neste caso é importante buscar apoio especializado”, informou.
Ele apontou como exemplos algum sintoma persistente, sofrimento intenso, comprometimento significativo do cotidiano, situações traumáticas e estressoras como morte, divórcio, doenças graves e desemprego. “O Sesi, desde o começo da pandemia, passou a disponibilizar um canal de apoio emocional online e totalmente gratuito para ajudar os trabalhadores da indústria nesse momento difícil, mas que também pode ser utilizado por toda a sociedade”, comentou, acrescentando que a Central de Relacionamentos do Sesi SST pode ser acessada pelo e-mail sst@sesims.com.br ou pelo Whatsapp (67) 3320-3425.
3 – Minha empresa vai parar de produzir se eu cumprir com os protocolos de biossegurança?
Pelo contrário! O protocolo de biossegurança visa adequar o seu ambiente de trabalho, justamente para evitar que em decorrência dos possíveis afastamentos por COVID-19 a produtividade, que precisa das pessoas saudáveis, seja comprometida. “É de suma importância que sua empresa tome os cuidados necessários para de evitar a disseminação do vírus”, enfatizou Michel Klaime.
4 – Ainda devo lavar as compras do supermercado?
De acordo com o gerente de SST do Sesi, estudos sugerem que os coronavírus podem persistir nas superfícies por algumas horas ou até vários dias. “Isso pode variar sob diferentes condições, como o tipo de superfície, temperatura ou umidade do ambiente. Então se você acha que uma superfície pode estar infectada, limpe-a com um desinfetante simples para matar o vírus e proteger a si e aos outros. Além disso, lave sempre as mãos e evite tocar nos olhos, nariz e boca”, salientou.
5 – Qual a importância do distanciamento e de se evitar reunião e confraternização nesse momento crítico?
Michel Klaime destacou que o isolamento é essencial contra a Covid-19 devido à transmissão ocorrer justamente pelo contato entre pessoas. “Neste momento, estamos enfrentando um aumento do número de casos e a única forma de contermos o avanço do vírus é adotar as medidas de distanciamento social, evitar aglomerações e ter etiquetas de higiene, sem esquecer do uso da máscara”, finalizou.