Nelsinho Trad, senador e ex-prefeito de Campo Grande, também líder estadual do PSD em Mato Grosso do Sul, revelou em entrevista ao Jornal Midiamax que seu partido está inclinado a apoiar o candidato do PSDB na corrida pela prefeitura da capital, o deputado federal Beto Pereira. Isso vem à tona após os esforços para impulsionar a candidatura do deputado estadual Pedrossian Neto terem fracassado. “Fizemos o possível, era nosso principal objetivo. Contudo, dadas as circunstâncias políticas e os desafios enfrentados, tivemos que buscar outra direção”, afirmou o líder do PSD.
Nelsinho Trad avalia que a parceria com o PSDB é a melhor estratégia para revitalizar o partido. “Esta eleição será desafiadora, com possibilidade de ser decidida em dois turnos. Estávamos limitados em nossa esfera de atuação, então precisávamos explorar novas opções”, explicou.
Quanto à escolha do vice, Nelsinho esclareceu que essa questão não foi discutida durante as negociações para o apoio ao PSDB, deixando em aberto a possibilidade de o nome ser indicado por qualquer um dos aliados dos tucanos. “A questão do vice não foi abordada. Essa decisão será tomada mais adiante, após o meio do ano. Uma vez que o PSD faça parte da coalizão do PSDB, o vice poderá ser indicado tanto por nós quanto por outros partidos aliados”, detalhou.
Em relação à saída de vereadores do PSD, Nelsinho acredita que a parceria com o PSDB pode contribuir para a reorganização do partido. “Isso é significativo, pois abre espaço dentro do PSD que, naturalmente, será preenchido. Quando os vereadores perceberem que há mais oportunidades em outro lugar, poderão buscar um ambiente mais propício para concorrer às eleições com melhores chances de vitória”, concluiu.
Descontentamento interno no partido
A decisão de abandonar a ideia de uma candidatura própria não foi bem recebida por todos os membros do PSD, conforme revelou o senador ao Jornal Midiamax, mencionando seu próprio irmão, o ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), que foi candidato nas últimas eleições ao governo do Estado, terminando em 6º lugar, com apenas 8,68% dos votos válidos. “Ele [Marquinhos] expressou sua insatisfação com a falta de uma candidatura própria, afirmando que deixaria o partido caso essa fosse a decisão. Ele tem total direito e legitimidade para buscar o caminho que considerar mais adequado”, concluiu Nelsinho.
