A ONU adverte que não existe necessidade de “alarmismo populacional”. Pede ainda que a população se esforce em ajudar as mulheres, crianças e pessoas mais vulneráveis às alterações demográficas.
Natalia Kanem, diretora executiva do Fundo da ONU (UNFPA), se diz contrária ao discurso alarmista. Caso os governos se concentrem apenas nos números, surge o risco de imposições de controles populacionais, o que a História já mostrou ser “ineficaz e perigoso”.
“ De campanhas de esterilização forçada e restrições ao planejamento familiar e contracepção, ainda vivemos o impacto duradouro de políticas destinadas a reverter ou, em alguns casos, acelerar o crescimento populacional”, declarou Natalia Kanem.
“E não podemos repetir as violações flagrantes aos Direitos Humanos que roubam as mulheres de sua capacidade de decidir se ou quando querem engravidar, se é o que fazem. O alarmismo populacional apenas distrai de do foco principal”, disse.
Estimativa da ONU mostra que cerca de 60% das pessoas do planeta vivem em países com nível de natalidade abaixo do nível de reposição das gerações anteriores. Vemos um contraste desse percentual se compararmos a taxa de fecundidade de oito países, como a Nigéria, Etiópia e Filipinas, que devem responder por metade de todo o crescimento populacional até 2050. Além dessas estimativas, teremos a Índia ultrapassando a China a partir próximo ano, tornando-se o mais populoso do mundo.