Dados regionais divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) confirmam projeção feita pelo Radar Industrial da Fiems de crescimento de 5% do PIB Industrial de Mato Grosso do Sul em 2018, atingindo R$ 21,4 bilhões, o que serviu para alavancar o PIB (Produto Interno Bruto) do Estado no mesmo período, que teve aumento de 2,5% e alcançou R$ 106,9 bilhões.
O crescimento do PIB Industrial foi puxado devido à atividade da indústria de transformação, que apresentou expansão de 12%, graças à indústria frigorífica, à indústria de celulose e papel, à indústria sucroenergética e à indústria de alimentos e bebidas. Esses quatro segmentos da indústria, somados, respondem por mais de 70% do valor bruto da produção industrial de Mato Grosso do Sul e por mais de 70 mil trabalhadores formalmente empregados, o que representa mais de 53% de todo emprego formal gerado pelo setor no Estado.
Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, os números demonstram que o trabalho para o desenvolvimento industrial em Mato Grosso do Sul vem se consolidando ano a ano. “Quando se trabalha para fazer do setor industrial uma das principais matrizes econômicas de Mato Grosso do Sul, como o Sistema Fiems tem feito, quer com a participação do Governo do Estado, quer com a participação das administrações municipais, e depois é oficialmente reconhecido por isso com a divulgação de números tão positivos, é muito gratificante”, avaliou.
Sérgio Longen completa que a divulgação do PIB Industrial oficial de 2018 e do PIB geral do Estado para o mesmo ano e a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o País está saindo da recessão são informações que permitem projetar um 2021 ainda mais positivo. “A declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o Brasil já está saindo da recessão, de certar forma, é reconfortante para a indústria porque ele está atento aos problemas que alguns setores ainda estão enfrentando devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19)”, declarou.
Além disso, completa o líder industrial, o ministro garantiu que, caso tenhamos uma 2ª onda da Covid-19, o Governo Federal vai estender os benefícios que trouxeram uma tranquilidade para todos os setores da economia, em especial, para o setor industrial ao longo deste ano. “A atividade econômica brasileira já demonstrou que, principalmente no segundo semestre, conseguiu crescer apesar da pandemia, contribuindo para o fim da recessão. Lógico que ainda estamos preocupados com o aumento da inflação devido ao reajuste de preços de vários produtos alimentícios e esperamos que o Governo Federal consiga administrar esse problema em 2021”, pontuou.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, destaca que o fato de o PIB do Estado ter crescido 2,5% em 2018 é graças ao setor industrial. “A questão do crescimento foi graças a toda estrutura que desenvolvemos no âmbito do Fadefe (Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Econômico e de Equilíbrio Fiscal do Estado). Criamos uma política que deu segurança para todas as empresas de Mato Grosso do Sul, criamos um ambiente de negócio extremamente favorável e o Estado é destaque nesse ambiente de negócio”, afirmou.
Para Jaime Verruck, isso resultou em investimento e principalmente demostrou que a política industrial está funcionando em Mato Grosso do Sul. “Um dos caminhos importantes para o desenvolvimento do Estado é exatamente a indústria de transformação, que foi confirmada com os dados da indústria de alimentos, que tem se destacado com as carnes de aves, de suínos e de bovinos, que mostram a consolidação e diversificação do setor industrial sul-mato-grossense”, argumentou.
Ele informa que o PIB de Mato Grosso do Sul teve a 9ª maior taxa de aumento para o período, passando a média nacional em reflexo da política de investimento na diversificação da cadeia produtiva e industrialização. Mato Grosso do Sul é responsável por 15,4% do PIB do Centro-Oeste e de 1,5% do produto interno bruto brasileiro. Outro dado importante é que em 2018, Mato Grosso do Sul alcançou a 7ª posição no ranking de PIB per capita, avançando uma casa em relação aos anos anteriores. “Com o PIB em R$ 106 bilhões, a renda per capita atingiu os R$ 38,9 milhões e pela população ser menor, significa que a renda dos moradores tem crescido”, finalizou.