O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que, se todos os bancos públicos e privados compusessem um fundo emergencial, isso sinalizaria um “ótimo apoio” do sistema financeiro ao combate à crise do coronavírus. Segundo ele, a sociedade entende que os bancos nunca participam dos momentos de crise no País e que sempre querem ter lucro e resultados positivos em todas as situações. Maia participou de uma live com o presidente da Febraban, Isac Sidney, nesta segunda-feira (13).
“É importante que os bancos tenham transparência e mostrem para a sociedade o que estão fazendo e que podem colaborar muito, tantos os públicos quanto os privados. Temos uma crise de liquidez em muitos setores , como os hospitais médios e pequenos, as empresas aéreas e de transporte urbano, por exemplo. O setor bancário pode e deve ter um papel fundamental e devem colaborar de forma mais ativa”, afirmou Rodrigo Maia.
Maia propôs novamente uma abertura de linha de crédito para garantir a solvência de hospitais de médio e pequeno porte, já que todo o sistema de saúde vai ser impactado pela crise. Ele destacou que grandes redes têm recursos e hospitais públicos, como a Santas Casas, têm linhas de financiamento.
“Seria importante que o sistema financeiro tivesse uma linha de crédito para esses hospitais, porque está tudo parado, esperando a chegada dos pacientes com coronavírus, mas eles têm que ter condição de pagar salários”, propôs Maia.
Liquidez
Maia destacou que a crise atual impacta a atividade econômica real e pode contaminar a liquidez das famílias e das empresas. Segundo ele, é preciso que o governo garanta que a liquidez chegue a toda sociedade.
“A gente sabe que há apoios pontuais, mas as pessoas batem na porta do banco e as respostas são diferentes do que estão sendo prometidas”, disse.
De acordo com o presidente da Câmara, ainda há algumas demandas que precisam ser atendidas, mas cobrou que haja um papel do governo nessa negociação.
“Tem muita demanda de microcrédito, muitas pessoas no crédito consignado, tem uma demanda das empresas médias e grandes de liquidez, mas isso depende de uma negociação com o governo”, afirmou.
*Com informações da Agência Câmara