Saúde

HRMS divulga nota de repúdio devido à baixa adesão ao isolamento social

O HRMS divulgou nesta quarta-feira ( 24 ) devido à baixa adesão ao isolamento social. Segundo a nota, grande parcela da população tem agido de forma irresponsável ante a aumento do número de casos da Covid-19.

“Não bastam os dados alarmantes da doença, que afetam mais de mil campo-grandenses e que já sobrecarrega o sistema público de saúde. Além de não contribuir com absolutamente nada de positivo, atrapalham os esforços da prefeitura, Secretaria de Estado de Saúde e do seu Hospital Regional.” 

Confira a nota:

“O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul vem a público manifestar o seu completo desagrado e repúdio com a forma irresponsável que grande parcela da população de Campo Grande vêm lidando com o isolamento, ante a pandemia, que ameaça a vida e o futuro de todos, não apenas de Campo Grande, mas do estado e do país. Não bastam os dados alarmantes da doença, que afetam mais de mil campo-grandenses e que já sobrecarrega o sistema público de saúde. Além de não contribuir com absolutamente nada de positivo, atrapalham os esforços da prefeitura, Secretaria de Estado de Saúde e do seu Hospital Regional. Atitudes que também se contrapõem às iniciativas da sociedade civil que busca se organizar para enfrentar uma ameaça que, a cada dia faz mais vítimas e demonstra quanto sofrimento e prejuízos é capaz de causar.

Com a baixa taxa de isolamento desde o feriado do Dia das Mães, Campo Grande passou de 159 casos (no dia 11 de maio) para atuais 1230 casos, um aumento exponencial de nove vezes o número inicial, reflexo do afrouxamento do isolamento horizontal. O toque de recolher imposto pela prefeitura de Campo Grande, não vem sendo respeitado em nenhuma região do município. Há inclusive bares com superlotação, aglomeração, pessoas sem máscaras e compartilhando copos, cuias e narguilés,

O isolamento horizontal é, ainda, a medida mais eficaz  para reduzir o número de vítimas, a transmissão e o ritmo de propagação da Covid-19. Essa é certamente a forma mais precisa de combate a essa terrível pandemia. Não, não somos a favor do lockdown, queremos medidas sérias e punições severas. Vale ressaltar que temos em Campo Grande 47 médicos da linha de frente infectados com o novo coronavírus, sete colaboradores desse Hospital que estão afastados pelo contágio, além da grande taxa de ocupação dos leitos, nossos combatentes estão sendo infectados; estamos perdendo tempo, espaço e vidas humanas a COVID-19.

Chegou a hora de parte da população campo-grandense insensível ao momento delicado em que passamos, com as condições de atendimento das unidades de saúde, e com a vida humana serem responsabilizadas pelas de dezenas de mortes ocasionadas pela COVID-19 em nosso município. Que suas ações egocêntricas e inoportunas não provoquem o colapso na rede pública de saúde, o que ocasionaria mais mortes; pessoas, não números. Para nós do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, que lidamos com a vida humana diuturnamente, 24 horas por dia, sete dias por semana, e que não medimos esforços para salvar vidas, o descaso de vocês é inadmissível.”

Imagem: Divulgação