A polícia responsável pelas investigações do golpe aplicado em falsos grupos de investimentos em aplicativos de troca de mensagens alertou que o esquema é “gigantesco e atinge o Brasil inteiro”. Nove pessoas foram presas nos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo na semana passada, e a Justiça prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária dos suspeitos.
Segundo o delegado Heleno dos Santos, titular da delegacia de polícia de São Luiz Gonzaga, estima-se que mais de 20 mil pessoas em todo o país depositaram dinheiro nas contas dos supostos golpistas. As vítimas acreditavam estar investindo no mercado de ações, sendo prometidos altos retornos financeiros.
A investigação revelou que diversas contas em paraísos fiscais foram identificadas, com valores que ultrapassam R$ 1 bilhão. O esquema contava com 28 grupos apenas no Rio Grande do Sul, cada um com mil ou mais pessoas, e ramificações em outros estados, aumentando ainda mais o número de vítimas.
O golpe começou a ser desarticulado quando 79 ordens judiciais foram cumpridas nos três estados, resultando na prisão de nove suspeitos e na identificação de pelo menos mais dois foragidos. O esquema utilizava uma empresa falsa de investimentos chamada “gênesis.net”, que atraía vítimas com a promessa de investimentos altamente lucrativos no mercado de ações.
As vítimas eram convencidas a entrar em grupos de WhatsApp, onde eram orientadas sobre os investimentos e pressionadas a fazer aplicações rapidamente. O dinheiro dos investidores acabava sendo desviado para contas no exterior, simulando transações seguras em sites e aplicativos falsos.
Além disso, os golpistas buscavam conferir maior credibilidade ao esquema, alugando luxuosas salas comerciais e de reuniões, onde simulavam encontros de trabalho para convencer as vítimas.
As polícias de Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins também estão investigando ramificações do golpe nesses estados. O alerta das autoridades é fundamental para prevenir que mais pessoas sejam lesadas por esse esquema fraudulento e evitar prejuízos financeiros a um número ainda maior de vítimas.