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Edição de maio do “MS ao Vivo” terá Toni Garrido e Gideão Dias, com Bibi do Cavaco

A próxima edição do “MS ao Vivo”, no dia 12 de maio, vai ser de samba e música black, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. O cantor, compositor e multi-instrumentista Toni Garrido, subirá ao palco com a apresentação Baile Free.

O show de abertura será “Gideão Dias & Bibi do Cavaco – Irmãos na Fé e no Samba!”, a partir das 17 horas. A entrada é gratuita. O projeto é realizado pelo Governo do Estado, por meio da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) e Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), em parceria com o Sesc-MS (Serviço Social do Comércio).

Toni Garrido

Conhecido pelo seu extenso trabalho na banda Cidade Negra desde 1994, o cantor, compositor e multi-instrumentista Toni Garrido traz para o MS ao Vivo o show Baile Free. O projeto, lançado em novembro de 2022, celebra uma nova fase da sua carreira solo e seu repertório é marcado por canções inéditas, músicas de sua autoria e parcerias, como “Girassol”, “A Sombra da Maldade”, “Estrada” e “O Erê”, além de canções já interpretadas por ele, como “Solteiro no Rio de Janeiro”, “Palco”, “Lilás”, “Saideira”, “Pescador de Ilusões”, entre outros sucessos.

O novo trabalho representa uma virada de chave na carreira do artista, marcando sua estreia solo. Toni Garrido define o projeto “Baile Free” como um mix de música black com eletrônico. “O show é um bailão no qual eu toco de tudo que eu gosto: black music e um pouco de house e de música eletrônica. É um grito contra o preconceito ao mesmo tempo que é um grito pela liberdade musical e de tocar as coisas que eu gosto. Esse é um show para que todos pensem e repensem em nosso posicionamento em relação a vida e liberdade, porque nosso baile é free e vamos dançar juntos”, convida.

No Parque das Nações Indígenas, Garrido mostrará ao público a nova composição “Vai”, feita em parceria com Marcus Mosquette, George Israel e Gabriel Moura, e single do projeto Baile Free. Em sua letra, a música explora a confiança e a motivação para ser autêntico, independentemente de qualquer preconceito ou julgamento da sociedade. “Esse show é um baile sem preconceito, para todas as pessoas, todas as idades, todas as sexualidades, amores, possibilidades, religiões. A gente sabe que a música ritualiza a paz da gente e esse é o nosso objetivo. Vamos com tudo!”, completa Toni Garrido.

Gideão Dias

Cantor e compositor, Gideão Correa Dias é uma figura conhecida na boemia campo-grandense. Um nome que está sempre presente quando o assunto é samba. Paulistano, nascido no bairro da Pedreira, Zona Sul de São Paulo, o “Dinho” como era chamado na Viela da Paz, quando moleque apaixonou-se pelo pandeiro nas rodas de samba do grupo Katinguelê que se apresentava próximo à sua casa.

Sul-mato-grossense de coração, na adolescência se mudara para Campo Grande, cidade natal de sua mãe, trazendo nas veias o amor pelos batuques e as influências vividas na terra da garoa. Com 17 anos de idade, o jovem sambista deu seus primeiros passos profissionais como percussionista pelos grupos por onde passou. Aos 25, já atuando como cantor, surgem suas primeiras composições no período em que dá início ao trabalho solo.

Além de músico, Gideão é compositor e intérprete (Foto: Divulgação)

Em 2012, gravou seu primeiro CD autoral com participação dos cantores Fred Camacho e Almirzinho. Do repertório, três canções caíram no gosto da galera: “Só eu”, “Me leva” e “Safra boa”, que dá título ao disco.

Na companhia da sua esposa Waldirene e do seu filho Yuri, o cantor, no aconchego do seu lar, busca inspiração para criar seus projetos, cultivar o hábito de compor e, agora, dedicação total à produção do seu novo álbum, que contará com as participações de Dudu Nobre, Almirzinho, família Espíndola e outros amigos da cidade. Será um repertório de canções inéditas e regravações do CD.

Bibi do Cavaco

Bibi do Cavaco é sambista e compositor (Foto: Divulgação)

 Vladimir Benedito de Carvalho, mais conhecido como Bibi do Cavaco, começou sua carreira como músico em meados dos anos 1970, na escola de samba Unidos da Vila Carvalho. A partir daí, o então garoto teve sua iniciação musical, tocando todos os instrumentos de percussão da agremiação.

Em 1982, iniciou seu estudo de violão, interrompido em 1986, quando começou a tocar o instrumento que o projetou no cenário musical sul-mato-grossense: o cavaquinho. Como cavaquinhista, Bibi participou de grupos de samba de renome na época, como Mel na Boca, Nossa Cor. Ele também acompanhou artistas como o saudoso Moreira da Silva – o rei do samba de breque – em 1989, a grande pagodeira Jovelina Pérola Negra, os puxadores de samba enredo Dominguinhos do Estácio, Carlinhos de Pilares e Rixa, em shows por Campo Grande e São Paulo.

Ele fundou o grupo de samba e pagode Zuera, o primeiro a registrar um trabalho fonográfico em Mato Grosso do Sul. Participou também do Trio Pé de Moleque, Grupo Só Pra Descontrair, tocou com Tostão e Guarani, Lidiani Duailibi, Meire Rodrigues, Melissa Azevedo, Juci Ibanez, Michelle e Banda. Como compositor, tem músicas gravadas por artistas “prata da casa”: Juci Ibanez, Lidiani Duailibi, entre outros.

Atualmente, Bibi do Cavaco faz seu trabalho solo, resgatando o que há de melhor na música exportada brasileira: o chorinho e o samba raiz, acompanhado pelo grupo Pantachoro.


Foto de destaque: Washington Possato/Divulgação