O dólar opera em queda nesta terça-feira (23), em meio à recuperação das commodities com as perspectivas de que a China mantenha forte demanda por esses insumos.
Às 9h14, a moeda norte-americana caía 0,57%, vendida a R$ 5,1373.
No dia anterior, a moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 5,1670, em queda de 0,01%. Com o resultado, acumula alta de 1,87% na semana. No acumulado do mês, recua 0,14% no mês. No ano, tem desvalorização de 7,32% frente ao real.
O que está mexendo com os mercados?
Os preços do minério de ferro, um dos principais produtos da pauta de exportação do Brasil, e do aço na China subiram nesta terça-feira, com o último corte da taxa de empréstimo do governo chinês impulsionando o sentimento do mercado, enquanto a demanda parecia destinada a melhorar antes da alta temporada para construção.
Além disso, a longa onda de calor e a seca no gigante asiático representam uma “séria ameaça” às safras de outono do país, o que pode direcionar Pequim a comprar de países exportadores, como o Brasil.
No entanto, investidores estão preocupados com o aumento dos preços da energia e com as perspectivas econômicas fracas.
A atividade empresarial em toda a zona do euro contraiu pelo segundo mês consecutivo em agosto, uma vez que a crise do custo de vida forçou os consumidores a reduzir gastos, enquanto as restrições de fornecimento continuaram a prejudicar os fabricantes. A retração vem com a demanda enfraquecida devido à inflação, aumento das taxas de juros e incerteza econômica.
Vários diretores do Federal Reserve (Fed, banco central americano) têm sinalizado o aumento da taxa de juros para conter a inflação. Participantes do mercado tendem a reforçar a busca por dólares quando o banco central dos EUA oferece sinalizações mais duras sobre seu combate à inflação, e, no sentido oposto, costumam migrar para ativos mais arriscados após comunicações mais brandas.