O dólar opera em queda nesta quarta-feira (3), em dia de decisão do Banco Central sobre a nova taxa básica de juros brasileira, esperada para o início da noite. A expectativa do mercado é de nova alta da Selic, para 13,75%.
Às 10h02, a moeda norte-americana recuava a 0,25%, vendida a R$ 5,2661.
Na terça-feira, o dólar fechou em alta de 1,95%, a R$ 5,2792. Com o resultado, passou a acumular alta de 2,03% no mês. No ano, porém, ainda tem desvalorização de 5,30% frente ao real.
O que está mexendo com os mercados?
No exterior, o foco segue no aumento das tensões entre Estados Unidos e Chinae nos temores de uma desaceleração econômica global.
A viagem da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan, durou menos de 24 horas, mas acirrou as tensões entre Pequim e Washington.
O governo chinês já havia se manifestado contra a visita à Taiwan, que considera parte de seu território, e prometeu fortes retaliações. Nesta quarta-feira, Pequim anunciou sanções à ilha, como a suspensão de importações de itens como frutas e produtos de pesca da ilha autônoma, além de paralisar as exportações de areia natural para Taiwan.
Dados divulgados nesta quarta-feira mostraram que a atividade empresarial da zona do euro contraiu levemente em julho pela primeira vez desde o início do ano passado, à medida que os consumidores controlam os gastos em meio a uma crise do custo de vida.
No cenário local, o foco está da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que define nesta quarta como fica a taxa básica de juros, que hoje é de 13,25% ao ano. O mercado financeiro prevê uma alta de 0,5 ponto percentual, mas está dividido sobre o fim do ciclo de alta da Selic já nesta reunião.
A projeção atual dos analistas do mercado financeiro para a inflação é de 7,15% em 2022 e de 5,33% em 2023. Já para a Selic, a expectativa é que ela encerre o ano em 13,75% e termine o ano que vem ainda no patamar de 11%.