Depois de um ano muito conturbado pela pandemia de covid-19, 2021 começou com bastante esperança para a população mundial por conta das tão aguardadas vacinas. De diferentes nacionalidades, composições e taxas de eficiência, os imunizantes logo se transformaram em motivo para uma corrida de governos para aquisição da maior quantidade de doses possível.
Mas tão logo a vacina surgiu, uma polêmica a acompanhou. Empresas privadas poderiam comprar doses diretamente para aplicar em seus funcionários e clientes? A resposta parecia simples: se isso não atrapalhar o cronograma oficial de imunização e não faltar imunização para os grupos prioritários, por que não? A resistência à ideia, porém, fez com que as próprias fabricantes informassem que estão priorizando as comercializações com governos e organizações de saúde.
Infelizmente, existe uma cultura em muitos lugares de que tudo que envolve a iniciativa privada é essencialmente aproveitador ou oportunista. Esta é uma ideia, além de equivocada, completamente prejudicial para o desenvolvimento da sociedade. Enquanto isso, multiplicam-se os casos de fraude na aplicação das vacinas, com pessoas recebendo placebos e doses sendo desviadas para um mercado clandestino, além de serem desperdiçadas por má conservação.
Por sorte, a entrada das empresas na imunização parece ser uma questão de tempo. Neste sentido, Mato Grosso do Sul se adiantou aos outros estados por meio da atuação da FIEMS, que se articulou politicamente a fim de viabilizar um projeto no Congresso para este fim. Grandes nomes do mercado nacional também se organizaram para trazer mais imunizantes ao país de diferentes formas. Com o esforço de todos, a batalha contra o coronavírus pode começar a ser vencida.