O portal Campo Grande News denunciou em reportagem de Marta Ferreira uma página que copiava seu layout e noticiava fake news.
A reportagem investigou quem seriam os responsáveis do site, e chegou ao nome de Mateus Gaioso Guimarães de Oliveira, que é nomeado para trabalhar no gabinete do deputado Loester Carlos ( PSL ).
Através de uma ferramenta na internet, foi possível verificar que Mateus postava na página falsa, cujo o foco era atacar adversários políticos do deputado.
A página, criada no ano passado, usa o layout do Campo Grande News, se apropriando da credibilidade do portal junto a população, podendo enganar os leitores com notícias falsas.
Mateus Gaioso é um dos 19 funcionários nomeados pelo deputado para trabalhar em seu gabinete, com salário de R$2,3 mil. Ele foi procurado pela reportagem, mas não retornou o contato.
A mãe de Mateus, Juliana Gaioso já foi denunciada pelo deputado Fábio Trad ( PSD ) devido à ameaças feitas contra ele em redes sociais. Juliana trabalhava no gabinete da senadora Soraya Thronicke ( PSL ), e perdeu o cargo após a denuncia.
O site é registrado no nome de Demétrius Brasil, que tem empresa dedicada à campanha virtual política. Procurado pela reportagem, Demétrius afirmou conhecer Loester assim como vários outros deputados, e prestou serviços para parte deles em 2018. Mas disse não se lembrar se atendeu Loester.
A respeito da página falsa, Demétrius disse que fazia parte de uma rede de notícias, mas o projeto foi abandonado. Ele afirmou ainda o cliente ligado a Campo Grande Fake news não era o deputado Loester Carlos, mas sim “outra pessoa”.
Questionado a respeito da cópia do layout, Demétrius disse que para ele, o endereço do site diferente tira a possibilidade de criar confusão aos leitores.
A direção do portal Campo Grande News afirma que irá acionar a justiça, devido a cópia de seu layout, e como medida para evitar disseminação de notícias falsas.
“Pode caracterizar uma série de crimes, o crime de dano, o uso de propriedade intelectual, a falsidade ideológica e outros que forem sendo identificados ao longo das apurações”, afirma o advogado Felix Jayme Nunes da Cunha.
O deputado federal foi procurado pela reportagem, mas não respondeu ao pedido de informação.
*Com informações do portal Campo Grande News