Estar no lugar certo, na hora certa. Quem já ouviu esse ditado popular? Muitos podem dizer que não tem nada a ver, mas as conexões certas podem nos levar a lugares não imaginados, pincipalmente, no mundo dos negócios. A empresa Erva Mate Campão vai começar a exportar para a Bolívia. Os negócios que já estão engatilhados foram fomentados dentro do Estande da Prefeitura de Campo Grande, na Expogrande, que aconteceu entre 13 e 23 de abril deste ano.
“Nós somos fortes fora do Estado, 80% da nossa venda é fora daqui. Mas aqui na Capital não é todo mundo que nos conhece. Estar dentro da feira nos proporcionou muitos negócios. Hoje, estamos dentro de outras empresas como o Sistema 067. Fechamos a parceria com eles lá na Expogrande. Também fechamos com outras empresas. Essa ação de fomento da Prefeitura foi muito importante para nós, inclusive, para prospectar a venda do nosso produto para outro país”, conta Jefferson Pereira Rodrigues, da Campão.
Iniciativas de estímulo ao comércio exterior tem garantido o crescimento dos negócios. Campo Grande iniciou o ano de 2023 com aumento nas exportações e recuo nas importações. No ano, as exportações de Campo Grande acumulam US$ 172,191 milhões, alta de 1,51%, enquanto as importações somam US$ 171,510 milhões, queda de 30,45%. O saldo comercial está positivo em US$ 681.146,00.
O secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Adelaido Vila, lembra ainda que com a Rota de Integração Latino-Americana (RILA) os números devem crescer ainda mais. “O comércio exterior de Campo Grande com a Argentina, Bolívia, Chile e Paraguai supera os US$ 65,814 milhões em 2023 (cerca de 19% do movimento total da Capital), um crescimento de 35% em relação ao mesmo período de 2022, demonstrando o grande potencial comercial, bem como de serviços e turismo que a integração com estes países irá proporcionar”, diz.
Já a prefeita Adriane Lopes frisa que a rota, além de tornar Campo Grande a Capital brasileira mais próxima de Antofagasta (Chile) com a conclusão da ponte sobre o Rio Paraguai em Porto Murtinho, fará da Capital a maior cidade da chamada “Rota Bioceânica”, corredor rodoviário que irá ligar o Brasil ao Pacífico.
O gerente de fomento ao comércio exterior, Paulo César Fialho, complementa e explica que Campo Grande assume protagonismo no contexto internacional, tornando-se referência nas relações comerciais, principalmente com os países vizinhos (Paraguai e Bolívia). “É importantíssimo agregar valor aos produtos locais e ampliar nossa influência a nível cultural (soft power). Nesse contexto de liderança, as ações de fomento executadas pela Prefeitura, através da Sidagro são vitais, especialmente no âmbito das relações econômicas, sociais e culturais”, diz.
Da Expogrande para Barretos
As negociações não pararam por aí. Jefferson ainda conta que eles garantiram espaço na feira de Barretos. “Uma oportunidade que foi criada no Estande da Prefeitura de levar o nome de Campo Grande, porque a Campão não é só a nossa marca, é a nossa cidade, o lugar que eu nasci e cresci sendo levado para fora daqui”, diz orgulhoso.
E é para encher o peito mesmo, afinal a marca que foi lançada no dia 1º de março de 2020, em meio a pandemia, passou por muitos obstáculos para chegar onde chegou.
“Começamos na raça! Vendemos um carro para dar início à Campão. Aproveitamos a moda do tereré pelo Brasil afora, com a novela Pantanal, na pandemia também, muita gente postava tomando tereré e fomos trabalhar com esse patrimônio histórico do Mato Grosso do Sul. Buscamos as melhores ervas e chegamos a um produto de extrema qualidade que tem sabor, não tem aquele amargo no fundo”, finaliza Rubia, esposa de Jefferson, e sócia da Campão.