Campo Grande está participando da pesquisa realizada pelo instituto IBOPE Inteligência sobre a prevalência do coronavírus (Covid-19) na população brasileira. Em Mato Grosso do Sul, além da Capital, as cidades de Dourados e Corumbá também integraram o trabalho que está sendo realizado em outros 130 municípios do país. A coordenação do estudo é da Universidade Federal de Pelotas – UFPel, com financiamento do Ministério da Saúde.
A primeira fase da pesquisa, que chegou a ser iniciada na semana passada na Capital, deve ser retomada nesta quarta-feira, dia 20, conforme previsão da empresa responsável pela execução. Ao todo 17 pesquisadores foram contratados no município para realização da pesquisa. Durante o trabalho, todos deverão estar paramentados e munidos de identificação funcional.
Eles irão percorrer pontos específicos em 25 bairros espalhados pelas sete regiões urbanas de Campo Grande, são eles : Centro, São Francisco, Vila Glória, Santa Fé, Chácara dos Poderes, Jardim Noroeste, Nova Lima, Monte Castelo, Mata do Segredo, Santo Antônio, Santo Amaro, Popular, Pioneiros, Centro-Oeste, Lageado, Aero-Rancho, Jacy, Piratininga, Tiradentes, Carlota, Universitário, Leblon, Batistão e São Conrado.
Serão selecionados os domicílios que serão abordados aleatoriamente e, por fim, dentro dos domicílios selecionados será sorteado o morador participante. O morador sorteado, caso aceite, será submetido ao teste sanguíneo e ao questionário.
Como irá funcionar ?
A pesquisa consiste na aplicação de um breve questionário sobre a existência de doenças preexistentes e possíveis sintomas de coronavírus nos últimos 30 dias, além da realização de um teste sanguíneo rápido que utiliza metodologia por punção digital (uma picadinha na ponta do dedo).
O objetivo é medir o nível de imunização da população brasileira ao novo coronavírus e identificar de que forma o vírus está se propagando pelo Brasil. Com isso, será possível criar políticas públicas mais eficientes no combate à pandemia baseadas em critérios científicos sobre o comportamento do vírus. O estudo será realizado em três etapas.
Metodologia
Todo morador que aceitar participar da pesquisa terá que assinar um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido que informa sobre os objetivos, procedimentos, possíveis riscos, sigilo dos dados, voluntariedade da participação, entre outros aspectos. Os moradores menores de idade e/ou adultos legalmente incapazes receberão o Termo e terão que ser autorizados pelos pais e/ou responsável para participar.
Os entrevistadores foram testados e apenas aqueles que apresentaram resultado negativo irão às ruas para realização da coleta de dados e aplicação do teste sanguíneo. Esses profissionais foram devidamente treinados por um especialista da área de saúde e estarão utilizando os equipamentos de proteção individuais (EPIs), conforme orientação do Ministério da Saúde. São eles: máscaras descartáveis, toucas descartáveis, aventais descartáveis, sapatilhas descartáveis, óculos de proteção e luvas. Além disso, todos os entrevistadores terão em mãos frascos de álcool gel, sacos de lixo infectante e caixas de descarte de materiais hospitalares.
As informações coletadas são absolutamente sigilosas, serão tratadas de forma anônima e os respondentes não serão identificados, de acordo com todas as normas éticas internacionais sobre pesquisas em saúde (com exceção da Vigilância Sanitária, caso o resultado do teste seja positivo). Os resultados dos estudos serão sempre tratados conjuntamente e nunca de forma individual.
O IBOPE Inteligência ressalta que é muito importante que os moradores dos domicílios selecionados aceitem participar desse estudo. Além de ficarem sabendo do resultado dos seus exames, contribuirão com a ciência e com os esforços de conter o avanço da pandemia no País.
Fonte: Portal CGNotícias
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