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Bioparque Pantanal completa um ano com destaque em pesquisa, conservação de espécies e acessibilidade

Um dos maiores pontos turísticos de Mato Grosso do Sul completa um ano de inauguração nesta terça-feira (28) e celebra os resultados positivos em apenas 12 meses de funcionamento. Um espaço que vai além do lazer e do turismo, o empreendimento se consolida como um centro de pesquisa e conservação de espécies, acessível para todos.

Com 38 reproduções registradas, sendo duas delas ameaçadas de extinção, o complexo se destaca como aliado da preservação ambiental, garantindo que animais não desapareçam em razão dos impactos ambientais. Um exemplo de grande relevância é a reprodução do cascudo viola, uma espécie ameaçada de extinção, com primeiro registro de reprodução no mundo.

Atualmente o Bioparque conta com aproximadamente 40 mil indivíduos, sendo 355 espécies de peixes, duas espécies de répteis e uma espécie de anfíbio. Além disso, o local dispõe de 239 tanques, onde a maioria (168) são destinados exclusivamente para a pesquisa, conservação, bioeconomia e sustentabilidade. 31 tanques são de exposições, 38 ficam com animais na quarentena, um é destinado ao abastecimento e outro para reuso e descarte de efluentes.

O Bioparque Pantanal é considerado hoje, o maior aquário de água doce do mundo, o maior aquário público do Brasil e o maior laboratório de Pesquisa da Ictiofauna Neotropical do mundo. Além disso, é o único aquário do país com controle de acessos e gerenciamento de sistemas automatizado.

A diretora do empreendimento, Maria Fernanda Balestieri se orgulha das conquistas alcançadas em tão pouco tempo e avalia os resultados como fruto de muito trabalho, empatia e dedicação. “A proposta do espaço é ser orgânico, de experiência e conhecimento para todos. Tendo como base os pilares que sustentam o Bioparque conseguimos ser um local que vai além do lazer e contemplação, agregando experiência para cada um que passa por aqui”.

Acessibilidade

No Bioparque Pantanal existe uma grande preocupação não apenas em receber as pessoas com deficiência, mas também acolhê-las em suas particularidades, e para isso oferece recursos e tecnologia assistiva que proporcionam autonomia e inclusão ao visitante.

O local tem conta com profissionais capacitados por meio de protocolos de atendimento acessível, intérprete de libras, banheiros adaptados e todos os pavimentos com acesso a elevadores, centro de convenções com espaços reservados para cadeirantes e obesos, tanques com identificação braile, guia de visitação em braile, comunicação alternativa disponível por meio de tablets com audiodescrição e libras, bancada multimídia com computadores adaptados com software de leitor de tela, cadeiras de rodas, mapa sensorial para autistas, fila prioritária e cotas para pessoas com deficiência e idosos.

Espaço Biotátil

Espaço biotátil – Foto: Eduardo Coutinho

Investindo cada vez mais na acessibilidade para que todos os visitantes com deficiência visual tenham uma experiência ainda mais rica, o Bioparque Pantanal conta com o espaço Biotátil, um local que possibilita que pessoas cegas e de baixa visão conheçam por meio do tato, objetos que compõem a cenografia dos tanques, como pedras, areia, cascos, sementes e folhas. O espaço também conta com uma variedade de animais taxidermizados, como papagaio e jacaré.

O espaço Biotátil é uma implementação que integra projeto “Bioparque para Todos, iguais na diferença”. Dentro do projeto que, já na sua terceira fase amplia, inova e aperfeiçoa atividades que proporcionarão uma experiência imersiva, faz com que os deficientes visuais enxerguem por meio do tato as riquezas do Pantanal e sintam a emoção do momento durante a visita.

Inúmeras implementações já foram feitas, nós queremos que as pessoas sintam a emoção do momento e consigam vislumbrar, ainda que pelo toque, as riquezas do nosso Pantanal”, explicou a responsável pelo empreendimento.

Sucesso de público, o complexo de água doce já recebeu mais de 330 mil visitantes, desde a abertura ao público em maio de 2022; mais de 47 mil estudantes e turistas de 91 países.

Foto capa: Bruno Rezende