Margaret Ferrier, parlamentar britânica, foi presa no Reino Unido depois de admitir que embarcou em um trem quando já sabia estar infectada com o novo coronavírus. O veículo ia de Londres, na Inglaterra, para Glasgow, na Escócia. Nesta segunda-feira (04), os dois países anunciaram que entrarão em um lockdown severo de seis semanas pelo avanço local da pandemia.
De acordo com o jornal britânico “The Guardian”, a viagem aconteceu em setembro, no mesmo dia em que Ferrier recebeu o teste com resultado positivo. O veículo conta que a polícia de Londres soube do fato, mas, à época, não havia punição para quem descumprisse o isolamento enquanto estava infectado.
Ainda assim, o caso chegou à Escócia, onde a polícia abriu uma investigação contra a parlamentar. Segundo o Guardian, a prisão de Ferrier se deu nessa segunda-feira (04).
A primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, pediu que a parlamentar renunciasse ao cargo. Ela, contudo, se recusou a sair do Parlamento, mas acabou suspensa pelo Partido Nacional Escocês (SNP, na sigla em inglês).
“Eu me responsabilizo completamente e peço a todos que não cometam o mesmo erro que eu cometi e que façam tudo o que puderem para ajudar a limitar a disseminação da Covid-19”, afirmou a parlamentar presa.
Ambos os países enfrentam medidas mais severas de confinamento para tentar frear o aumento de casos no Reino Unido, que vem sofrendo uma nova variante mais contagiosa do novo coronavírus. Irlanda do Norte e o País de Gales, outros integrantes do Reino Unido, ainda discutem que ações adotarão para tentar diminuir os números da pandemia.
O endurecimento das medidas ocorre mesmo com o avanço da vacinação nos países, já que a imunização não acompanha o ritmo da contaminação do vírus. Nesta segunda-feira, as primeiras doses da vacina de Oxford/AstraZeneca foram administradas no Reino Unido, que foi o pioneiro na utilização do imunizante da Pfizer.