O presidente da França, Emmanuel Macron, se reuniu com ministros de gabinete nesta terça-feira (13) para debater possíveis restrições adicionais para enfrentar uma segunda onda do novo coronavírus que atinge o país.
A França, como os vizinhos Reino Unido e Espanha, luta para descobrir como desacelerar a disseminação do vírus e aliviar a pressão sobre um sistema de saúde novamente sobrecarregado, enquanto mantém a economia de US$ 2,71 trilhões ativa e protege os empregos.
O país relatou mais de 1.500 pacientes de covid-19 em unidades de tratamento intensivo UTIs) nessa segunda-feira (12), um nível que não era visto desde o fim de maio.
Macron fará pronunciamento em rede nacional amanhã (14) à noite, e seu primeiro-ministro, Jean Castex, se recusou a descartar lockdowns locais.
“Nada deveria estar fora de cogitação quando você vê a situação que nossos hospitais enfrentam”, disse Castex à Rádio France Info.
Os grandes jornais Le Monde e Le Figaro noticiaram que toques de recolher em locais que são focos da covid-19 são uma opção, já considerada no mês passado pelo Conselho Científico que orienta o governo.
As cinco maiores cidades francesas – Paris, Marselha, Lyon, Toulouse e Lille – estão entre as nove áreas metropolitanas já em alerta máximo, o que significa que bares e academias de ginástica estão fechados e os restaurantes operam sob condições sanitárias rígidas.
Dados de autoridades de saúde mostram que a proporção de exames positivos de covid-19 aumentou quase 12% em toda a nação – uma taxa abaixo de 5% mostra controle da proliferação, disseram especialistas em saúde.