Esporte

Corinthians apela para a base e tenta ‘tapar buracos’ na ponta e na zaga

Com salários atrasados e na correria para acertar as pendências diante do elenco, o Corinthians se vira como pode para dar a Tiago Nunes mais opções de escalação sem necessariamente reforçar o grupo de atletas. A solução, como em toda a história dos clubes que passam por dificuldades financeiras, tem sido aproveitar as categorias de base.

Na avaliação feita pela comissão técnica, as pontas são o setor mais carente de opções desde o começo do ano. Tiago Nunes disse em mais de uma ocasião que seria necessário achar um jogador de velocidade para atuar ali, com pedidos públicos para a chegada de reforços.

As tentativas iniciais foram com Everaldo, contratado em 2019, e Yony González, que chegou em 2020, mas nenhum dos dois agradou. O primeiro não joga desde a final do Paulista e o segundo foi devolvido ao Benfica por não cumprir o mínimo de jogos estabelecido em contrato na época da sua cessão por empréstimo.

Sem as desejadas opções vindas de fora, Tiago Nunes usou e abusou das categorias de base. Pedrinho, já estabelecido, foi o primeiro da base a tentar solucionar a questão. Expulso contra o Guaraní-PAR e vendido ao Benfica, porém, pouco ajudou o treinador.

Janderson e Madson receberam várias oportunidades no começo de 2020, mas já foram emprestados por não cumprirem com as expectativas. As últimas novidades foram Ruan Oliveira e Gabriel Pereira, dois nomes que jogaram a Copa São Paulo em janeiro. O primeiro chegou a ser titular da ponta direita contra o Fortaleza, mas rompeu os ligamentos do joelho e só volta a atuar em 2021.

O segundo, que entrou na abertura do Brasileiro, contra o Atlético-MG, no Mineirão, passou por um processo de recondicionamento físico e voltará a ficar à disposição para atuar por ali. Gustavo Mosquito, que estava emprestado, e Léo Natel, contratado no final do ano passado por meio de um pré-contrato, seis meses de acabar seu vínculo com o São Paulo, são as outras opções.

Outro setor que recebeu o socorro da base foi a zaga, que perdeu Pedro Henrique, vendido ao Athletico no meio do ano, e Léo Santos, que não consegue recuperar plenamente de lesões no joelho desde 2019. Carlos, que poderia atuar na função, também foi vendido, deixando Tiago Nunes com Gil, Danilo Avelar e Bruno Méndez como opções.

O treinador considera que, por ser um setor que exige menos fisicamente, a zaga demandará menos mudanças. Ainda assim, pediu a contratação de um outro nome para a posição ao menos para ganhar alternativas de jogo. O time tentou Rodrigo Moledo, do Inter, mas o negócio não saiu.

Enquanto isso não acontece, porém, o comandante chamou para o profissional Raul Gustavo, zagueiro canhoto que estava emprestado para a Inter de Limeira. Jovem, o jogador cumpre a necessidade do técnico em ter uma atleta canhoto para o lado esquerdo da zaga, marca do seu trabalho desde os tempos de Athletico.

Ainda à espera de uma chance, os volantes Roni e Xavier são outros nomes das categorias de base que treinam com o elenco profissional. A menos que haja uma série de desfalques ali, porém, ambos devem aguardar um bom tempo para poderem atuar.

De: Yahoo