Internacional

Senador Nelsinho Trad relata cenário de devastação no Líbano

Parlamentar sul-mato-grossense, como presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado e descendente de libaneses, foi designado a compor comitiva do governo federal em missão especial ao Oriente.

O cenário devastador encontrado em Beirute, no Líbano, após a explosão no último dia 4 que provocou a morte de pelo menos 200 pessoas e deixou mais de 6 mil feridos e 300 mil desalojados, impressionou o senador Nelsinho Trad (PSD/MS). O parlamentar sul-mato-grossense faz parte da delegação brasileira em missão humanitária pelo povo libanês que chegou hoje ao Oriente. “A devastação é impressionante, parece que estourou uma bomba atômica, não sobrou nada. É muito triste, ninguém acredita!”, comentou o senador Nelsinho Trad, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal, e descendente de imigrantes libaneses.

A comitiva brasileira, transportada em dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e chefiada pelo ex-presidente Michel Temer, por designação do presidente Jair Bolsonaro, desembarcou nesta quinta-feira por volta das 14h horário local (8h de MS). As aeronaves fizeram três paradas técnicas: a primeira foi em Fortaleza (CE); a segunda, na Ilha do Sal, em Cabo Verde; por último, em Valência, na Espanha, de onde partiu para Beirute. Após o desembarque, o grupo já seguiu para o compromisso com o presidente do Líbano, Michel Naim Aoun.

Representando o Congresso Nacional, os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS) e Luiz Osvaldo Pastore (MDB-ES) participaram do encontro. Os demais integrantes, como o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, com ascendência libanesa, também assistiram a reunião. “O ex-presidente Michel Temer, como chefe oficial da comitiva, externou o apoio brasileiro ao Líbano, informou que trouxemos ventiladores pulmonares, máscaras cirúrgicas, kits de primeiros socorros, materiais de construção e pelo menos 500 cestas básicas e meia tonelada de medicamentos na aeronave. Doações feitas pela comunidade libanesa que corresponde a mais de 10 milhões de pessoas no Brasil. Também disse que mais 4 mil toneladas de alimentos estão vindo por via marítima e, hoje, no Brasil mais 20 toneladas foram arrecadadas. O presidente do Líbano agradeceu o governo federal e ao povo libanês no Brasil e disse que precisa muito da ajuda internacional para reconstruir o país”, disse o senador Nelsinho Trad. Depois desse primeiro compromisso, a delegação teve encontro com o comandante da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano, contra-almirante Sérgio Salgueirinho, que esclareceu sobre os momentos da explosão no porto. Em seguida, a comitiva visitou a residência da Embaixada Brasileira no Líbano e conversou com lideranças religiosas que pedem por paz na região após a explosão, uma vez que Beirute enfrenta conflitos políticos e manifestações. “A missão especial que começou ontem, conforme designou o presidente Bolsonaro, trouxe a nossa solidariedade e desejamos a pacificação no Líbano”, discursou o ex-presidente Michel Temer.

Amanhã, a comitiva terá reunião com o presidente do Parlamento do Líbano, Nabih Berri, com o primeiro ministro em exercício Hassan Diab e com o ministro Jandyr Ferreira dos Santos. No fim do dia, a delegação retornará em viagem para o Brasil, com previsão de chegada ao Brasil na manhã de sábado.

Comitiva

A missão humanitária conta com a participação de 13 integrantes. Além do ex-presidente Temer, do presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, senador Nelsinho Trad, compõe a delegação: o senador Luiz Osvaldo Pastore, o secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República Flávio Augusto Viana Rocha, o secretário de Negociações Bilaterais no Oriente MédioEuropa e África do Ministério das Relações Exteriores Kenneth Félix Haczynski da Nóbrega, o representante do Exército Carlos Augusto Fecury Sydrião Ferreira, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Paulo Antônio Skaf e o publicitário do MDB, Elson Mouco Junior.