Dizendo-se ser representante da chamada ‘nova politica’, o vereador e pré-candidato a prefeito de Campo Grande, Vinícius Siqueira ( PSL ) organizou uma rápida reunião para discursar em meio ao estacionamento de um shopping em Campo Grande.
Durante o discurso, o pré-candidato fala uma frase que pode caracterizar infração eleitoral como campanha antecipada.
“Qual é a promessa? Como prefeito a gente vai abrir tudo. Quero investigar a Águas, quero investigar lixo, quero investigar contratos da saúde, contratos de publicidade. Que ele [prefeito Marquinhos Trad] está deitando e rolando. Então, a nossa promessa é uma devassa nos contratos da prefeitura. Se tem corrupção, não vai ficar pedra sobre pedra. Isso, não é promessa, a gente já tem feito como vereador e quero fazer como prefeito”, disse Vinícius em seu discurso, ganhando aplausos de quem acompanhava.
O repórter Vinícius Squinelo, do portal TOPMÍDIANEWS consultou o advogado especialista em direito eleitoral Ari Raghiant Neto, que disse acreditar que o pré-candidato fez pedido de voto subliminar: “Me parece que ele pediu voto sim, de modo subliminar, já que ele não é prefeito e está fazendo promessa antes do período eleitoral e dentro de um estacionamento de mercado. Eu, se fosse juiz, considerava isso propaganda antecipada sim” afirmou.
Segundo o advogado, a reunião em si não configura propaganda eleitoral antecipada desde que não envolva pedidos de votos, menção à candidatura e exaltação de qualidades pessoais do pré-candidato.
Afastamento por ser grupo de risco, mas sem isolamento
Em Abril o vereador e pré-candidato havia sido cobrado por seus colegas na Câmara de Vereadores. Vinícius havia pedido afastamento em março, alegando ser do grupo de risco da Covid-19. Durante o período o vereador foi flagrado diversas vezes dando entrevistas e andando nas ruas.
*Com informações do TOPMÍDIANEWS
Foto: Reprodução