O projeto de acessibilidade do vereador Otávio Trad (PSD), que institui a #PraCegoVer nas publicações com imagem nas redes sociais e sites dos órgãos da administração direta e indireta da Prefeitura de Campo Grande, foi sancionado pela Prefeitura nesta sexta-feira (10). A sanção foi publicada no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande).
“Esse projeto visa dar oportunidade para que os cegos também tenham acesso as imagens. Para quem não conhece, a hashtag nada mais é que a audiodescrição dessas imagens postadas nas redes sociais e nos sites”, explica o vereador. “Agradeço ao prefeito que tem se importando e dado prioridade aos projetos de acessibilidade que temos apresentado para nossa cidade”, completou.
O prefeito Marquinhos Trad (PSD), destacou que tudo que é acessível é positivo. “Não havia como negar um pedido legal, constitucional, com técnica redacional e que vem incluir aqueles que sempre foram esquecidos”, disse.
De acordo com o projeto, serão descritas imagens como fotografias, ilustrações, tirinhas, charges e até memes. A descrição deverá ser feita de acordo com a leitura ocidental, ou seja, da esquerda para a direita, de cima para baixo.
O texto após a hashtag deverá conter os elementos que constam na imagem, como objetos, sequências e cores como a cor de fundo e a cor de roupas. O projeto ainda prevê que o conteúdo deve considerar os princípios da Audiodescrição.
O PL foi aprovado pela Câmara Municipal em junho desde ano e várias secretarias e órgãos municipais já aderiram a ferramenta nas redes sociais, como a Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo), a Agetec (Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação), a Funesp (Fundação Municipal de Esporte) e o Procon Campo Grande.
Projeto – A hashtag surgiu nas redes sociais em 2012, por meio de um projeto da professora especialista em Educação Especial, Patrícia Silva de Jesus, conhecida como Patrícia Braille, que trouxe a descrição de imagens de livros para a internet. O nome escolhido, é um trocadilho, no qual o “ver” significa “ter acesso”.
Conforme a idealizadora, o texto descritivo das imagens também é reconhecido por softwares leitores de tela usados por pessoas cegas ou com baixa visão para ter acesso aos conteúdos em computadores e smartphones. Estas ferramentas fazem a leitura dos textos que aparecem nas telas navegadas e o transformam em áudios, mas os programas não reconhecem arquivos em formato de imagem, como JPEG e PNG.
O vereador destacou que o projeto fortalece hashtag. “Quero fazer menção a criadora desse projeto e ativista da acessibilidade, Patrícia Braille. Diante de boas ideias nós temos que dar continuidade”, completou.