Foi no dia 11 de Março que Tedros Adhanom, diretor da Organização Mundial de Saúde, declarou que o novo coronavírus era uma pandemia. Poucos meses depois, o mundo chegou à marca de mais de 10 milhões de casos confirmados de contaminações pelo novo coronavírus. Em meio a esse cenário, a OMS fez um alerta sobre uma nova fase da pandemia.
O vírus se disseminou de forma diferente entre os países. Enquanto alguns países da Europa Ocidental e Ásia conseguiram conter o avanço da doença – com destaque para Alemanha e Coréia do Sul -, outros países sofreram com a contaminação acelerada do vírus.
A disseminação do vírus é exponencial, ou seja, o número de novos casos cresce muito rápido. Em comparação, o novo coronavírus demorou 3 meses para atingir a marca de 1 milhão de infectados, porém levou apenas 8 dias para passar dos 9 milhões para os 10 milhões.
Com isso, se percebe a importância das medidas de isolamento social e da testagem maciça da população, permitindo assim a identificação e isolamento dos casos confirmados antes que estes contaminem mais pessoas.
A doença avança rapidamente nas Américas, com destaque para Brasil e EUA, Africa e sudeste asiático.
Os EUA, país no mundo com mais pessoas contaminadas pelo novo vírus tem 2,5 milhões de casos confirmados, e a doença continua avançando, tendo batido o recorde de 40 mil casos confirmados em apenas 24 horas.
O Brasil é também tem registrado crescimento acelerado da doença, com mais de 1000 casos diários. A situação é preocupante no Centro-Oeste e Sul, onde a doença avança rapidamente pelos estados da região. E a situação pode ser ainda pior, devido à pouca quantidade de testes realizados. Especialistas afirmam que os números reais podem ser de 5 a 10 vezes maior que os números oficiais.
A Índia enfrenta situação parecida, tendo alcançado a marca de 15 mil novos casos diários, com poucos testes realizados, indicando que o número pode ser bem maior.
A questão política tem ajudado o crescimento de novos casos, com o negacionismo de líderes de alguns países, usando várias desculpas para irem contra as autoridades de saúde, tem ajudado na expansão da doença. No México, onde em março o presidente Manuel Lopes Obrador havia incentivado seu povo a se abraçar, sair de casa para mover a economia, já foram contabilizadas mais de 220 mil casos confirmados e 20 mil mortes.
A postura de Trump no inicio da pandemia também foi negacionista, minimizando a gravidade da doença, culpando a China e a OMS pela pandemia.
No Brasil, Jair Bolsonaro tem seguido a mesma linha, chegando a declarar que a covid-19 não passava de uma “gripezinha”, sempre atuando contra o isolamento social e insistido na reabertura econômica.
Fonte: Época Negócios