No oeste do Canadá, na província da Colúmbia Britânica, uma situação de emergência está se desdobrando à medida que dois grandes incêndios se uniram, formando um incêndio colossal que já cobre mais de 41 mil hectares de terra na região de Shuswap, a 500 km a nordeste de Vancouver. As autoridades locais anunciaram no domingo, 20 de agosto, que milhares de pessoas estão sendo evacuadas devido à propagação extremamente rápida das chamas.
Os bombeiros da Colúmbia Britânica estão lutando para conter o avanço do fogo, que está se alastrando através de florestas densas e pastagens. A combinação de ventos do norte e condições secas tem favorecido a expansão do incêndio, que já destruiu vários edifícios na região turística de Shuswap.
As consequências são devastadoras, já que cerca de 30 mil pessoas foram colocadas em estado de emergência e receberam ordens de evacuação imediata. Outras 36 mil estão em alerta, preparadas para deixar suas casas a qualquer momento, de acordo com as autoridades locais. A cidade de Kelowna, com uma população de cerca de 150 mil habitantes e situada a 150 km ao sul de Shuswap, está envolta em uma densa nuvem de fumaça. Milhares de residentes tiveram que abandonar suas residências em meio ao risco crescente.
“Enfatizamos a importância absoluta de seguir imediatamente as ordens de evacuação”, declarou Bowinn Ma, chefe de emergência da província de British Columbia. “Essa é uma questão de vida ou morte não apenas para as pessoas que estão nas áreas afetadas, mas também para os socorristas que estão trabalhando incansavelmente para garantir a segurança de todos.”
A situação também se agrava em outras partes do Canadá, incluindo a capital dos Territórios do Noroeste, Yellowknife, onde incêndios têm cercado a cidade nos últimos dias, forçando a evacuação de quase todos os seus 20.000 habitantes.
Apesar de uma breve trégua causada pelas chuvas na noite anterior, as autoridades preveem um aumento nas temperaturas no domingo, o que pode exacerbar ainda mais a crise. Shane Thompson, ministro do Meio Ambiente dos Territórios do Noroeste, alertou que, embora o fogo não seja visível na superfície, ele permanece ativo e representa uma ameaça substancial.
Esses incêndios são parte de uma série de fenômenos climáticos extremos que o Canadá enfrentou nos últimos anos, cuja intensidade e frequência têm sido atribuídas às mudanças climáticas. A nação está enfrentando uma temporada de incêndios florestais sem precedentes em 2023, com um total de 14 milhões de hectares já devastados pelas chamas – o dobro do recorde anterior, estabelecido em 1989. As autoridades estão trabalhando incansavelmente para conter as chamas e proteger vidas e propriedades, enquanto a nação se esforça para lidar com os efeitos cada vez mais evidentes da mudança climática.