O dólar abriu a sessão desta quinta-feira (9) em queda. Às 9h05, a moeda norte-americana caía 0,39%, cotada a R$ 5,1190.
Na véspera, o dólar fechou em queda de 1,04%, cotada a R$ 5,1391. Com o resultado, a moeda passou a acumular perdas de 1,64% no mês e de 2,63% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
O mercado segue atento ao cenário de juros nos Estados Unidos, conforme dados econômicos do país reforçam a perspectiva que o Fed deve continuar elevando as taxas de juros para tentar conter a inflação na maior economia do mundo.
O presidente do BC norte-americano, Jerome Powell, afirmou que a autarquia pode revisar o ponto final de parada do aumento de juros no país. O discurso aumentou a percepção de que o Fed poderá elevar sua taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual (p.p.) na próxima reunião, e não em 0,25 p.p.
Ainda nos EUA, investidores também repercutiram dados de abertura de vagas referentes a janeiro e a divulgação do Livro Bege do Fed — relatório que reúne visões dos contatos do BC norte-americano em cada um dos doze distritos dos EUA.
O documento apontou que a economia do país cresceu e que o mercado de trabalho e a inflação continuam fortes no país, o que também reforça a perspectiva de novas altas de juros pelo Fed.
Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Isso favorece o dólar frente a outras moedas e impacta principalmente países emergentes, como o Brasil.
Na China, a inflação anual ao consumidor da China desacelerou para a taxa mais baixa em um ano em fevereiro, com os consumidores ainda cautelosos apesar do abandono dos fortes controles contra a pandemia no final de 2022.
Combinados com a persistência da deflação do produtor, também divulgada nesta quinta-feira, os dados mostraram que a pressão de preços não se tornou um obstáculo para mais ações do governo buscando sustentar a recuperação econômica da depois da Covid-19, disseram analistas.
Nos indicadores nacionais, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,20% na primeira prévia de março, vindo de baixa de 0,23% na mesma leitura do mês anterior e de recuo de 0,06% no encerramento de fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).