Com autorização do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal cumpriu dois mandados de apreensão de armas em endereços associados à deputada Carla Zambelli (PL-SP). A operação ocorreu nesta terça-feira (3), em Brasília e São Paulo. Informações são do G1.
Os mandados foram consequência de um episódio que aconteceu em outubro do ano passado, às vésperas do segundo turno das eleições, quando Zambelli, que apoiava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), discutiu com um apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — à época, candidato à Presidência — em um bairro nobre de São Paulo.
A parlamentar chegou a perseguir o homem com uma arma em punho e isso rendeu uma investigação contra ela.
À época, Gilmar Mendes determinou a suspensão do porte de armas da deputada e que ela entregasse às autoridades a arma utilizada na perseguição, o que foi feito apenas nos últimos dias de 2022 por um familiar dela, segundo o G1. Além disso, o ministro também ordenou que a deputada devolvesse os outros armamentos que tivesse em casa.
A TV Globo apurou que, depois de Zambelli entregar a pistola em dezembro, a Polícia Federal foi cumprir o cancelamento do porte de armas e descobriu que a autorização concedida era, na verdade, para uma arma diferente da que foi entregue.
Isso fez com que os investigadores entendessem que a deputada possuía mais armas do que as que comunicou ao STF. Foi aí que a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pediu a apreensão do restante.
Uma arma foi apreendida em Brasília e outras duas em São Paulo. Todas, de acordo com o G1, estavam registradas. A Procuradoria-Geral da República também pediu uma busca no gabinete da deputada, porém, o Supremo não autorizou.
O G1 publicou que a deputada reagiu em uma rede social. “Hoje eu sofri busca e apreensão a mandado do STF para entrega de outras três armas que eu tenho”, ela contou.
“Apesar de ter entregue espontaneamente minha G3C 9mm, eles levaram também agora minha 380 Taurus, uma Ruger 9mm e uma arma de coleção 38 que eu tinha”, continuou a deputada.