O dólar opera em queda nesta segunda-feira (21), com investidores reagindo positivamente a falas recentes mais conciliadoras do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva sobre a futura postura fiscal do Brasil.
Às 9h27, a moeda norte-americana caía 1%, vendida a R$ 5,3202.
Na sexta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,5%, negociada a R$ 5,3737. Com o resultado, a moeda acumula alta de 4,03% frente ao real no mês. No ano, tem queda de 3,61%.
O que está mexendo com os mercados?
No cenário internacional, a atenção se volta para a divulgação da ata da reunião de novembro do Federal Reserve (BC dos EUA) na quarta-feira, depois que algumas autoridades do banco central reiteraram o compromisso de continuar com o aperto da política monetária até que a inflação esteja sob controle.
A maior preocupação do mercado segue sendo a inflação, sobretudo nos países desenvolvidos. James Bullard, dirigente do Fed de St. Louis, afirmou na quinta-feira (17) acreditar que as taxas de juros nos Estados Unidos precisam subir, pelo menos, a um nível entre 5% e 5,25% ao ano para conter o avanço dos preços.
Enquanto isso, os surtos de Covid-19 na China aumentavam as preocupações sobre a desaceleração do crescimento.
No cenário local, rumores de que o ex-ministro Fernando Haddad pode comandar a Fazenda no próximo governo podem impactar a cotação do dólar. Além disso, investidores se mantêm atentos aos próximos passos em relação à PEC da Transição, em meio à incerteza sobre a sustentabilidade das contas públicas no longo prazo.
Nesta segunda-feira, analistas do mercado financeiro aumentaram de 5,82% para 5,88% a estimativa de inflação para este ano. Foi a quarta alta seguida no indicador.
Além disso, o mercado financeiro elevou de 2,77% para 2,80% a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. Já para 2023, a previsão de crescimento ficou estável em 0,70%. A projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2022 subiu de R$ 5,20 para R$ 5,25. Para 2023, avançou de R$ 5,20 para R$ 5,24.