Economia

Dólar abre em alta, com exterior mais cauteloso

O dólar opera em alta nesta terça-feira (18), revertendo o tom mais positivo para a moeda brasileira nos últimos pregões. Dados de inflação na Europa e casos de Covid-19 na China pesam sobre o humor do mercado, o que favorece a cotação da moeda americana.

Às 9h20, o dólar registrava alta de 0,81%, cotada a R$ 5,2950.

No dia anterior, a moeda caiu 0,94%, cotado a R$ 5,2527. Com o resultado, acumulou queda de 2,62% no mês e de 5,78% no ano frente ao real.

O que está mexendo com os mercados?

A variação do dólar nesta manhã acompanha um dia mais morno nos mercados internacionais. Substituindo o tom positivo que predominou nos últimos dois pregões, as bolsas globais operam de lado, ou seja, oscilando entre leves altas e baixas.

No noticiário interno, as atenções permanecem voltadas para os desdobramentos da corrida eleitoral para o segundo turno para Presidência da República.

Já no exterior, o destaque fica por conta da inflação na zona do euro e no Reino Unido. Em setembro, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 1,2% nos países da União Europeia. No acumulado em 12 meses, o CPI acumula alta de 9,9%, enquanto as expectativas do mercado eram de 10%. Apesar de abaixo do esperado, a inflação da zona do euro continua a maior em décadas.

No Reino Unido, a inflação avançou 0,5% na comparação mensal e 10,1% ano a ano, acima das projeções de analistas, que previam alta anual de 10%. Em 12 meses, o CPI da região acumula a maior alta desde 1982.

Nos Estados Unidos, investidores aguardam a divulgação do Livro Bege – documento do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que traz dados da economia do país – às 15h.

No continente asiático, as atenções se voltam mais uma vez para os dados de Covid-19 na China. Segundo estatísticas do país, as infecções pela doença em Pequim atingiram o maior nível desde junho, com média diária de 22 casos na última semana.

Todo este cenário global gera incertezas sobre os rumos da economia ao mercado. Assim, por ser considerada uma das moedas mais seguras do mundo, o dólar ganha força ante outros países, explicando a valorização da moeda sobre o real neste pregão.