Economia

Após resultado de reunião entre Temer e Bolsonaro, Ibovespa fecha em alta de 1,7% com disparada impressionante dólar cai 1,9%

O Ibovespa fechou em alta com uma disparada no final de pregão desta quinta-feira (9). Após almoço com o ex-presidente Michel Temer, que foi quem indicou o ministro Alexandre de Moraes à Corte,  a Bolsa chegou a subir mais de 2,6% a 116.353 pontos depois do presidente Jair Bolsonaro escrever uma carta apaziguando os ânimos com o Supremo Tribunal Federal (STF). Minutos antes do fato, a Bolsa caía 0,6% com o acirramento da disputa entre os Três Poderes e diversas paralisações de caminhoneiros pedindo o impeachment de Moraes.

Segundo Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, os investidores já temiam que ninguém daria um passo atrás e ser mais conciliador, e isso acabaria com a janela de oportunidade até o final do ano para se votar uma medida importante.

“A nota vai na procura de uma harmonia, mesmo que tenha tido um momento ruim. Já houve outros momentos ruins no governo, então por isso a reação mais forte agora, com uma declaração à nação, pregando harmonia, claro que ajuda a distensionar um pouco”, afirma.

Veja abaixo o gráfico do movimento do Ibovespa após o encontro de Bolsonaro com Temer.

Ibovespa 090921

O Ibovespa fechou em alta de 1,72% a 115.360 pontos com volume financeiro negociado de R$ 38,123 bilhões.

Enquanto isso, o dólar comercial caiu 1,85% a R$ 5,226 na compra e a R$ 5,227 na venda. Já o dólar futuro para outubro cai 1,63% a R$ 5,247 no after-market.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 subiu 34 pontos-base a 7,32%, o DI para janeiro de 2023 teve alta de 31 pontos-base a 9,10%, DI para janeiro de 2025 avançou sete pontos-base a 10,11% e DI para janeiro de 2027 registrou variação negativa de um ponto-base a 10,50%.

Na véspera, a Bolsa havia caído 3,78% com o clima de crise institucional que se seguiu às manifestações de 7 de setembro e piorou depois do fechamento ontem. Apesar da sensação de que uma bomba foi desarmada no cenário político, o dia ainda reservou algumas notícias negativas no âmbito macroeconômico.

A inflação oficial no país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,87% em agosto na comparação com julho, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com esse indicador, o mercado começou a mudar a precificação nas opções para o próximo Copom, ganhando espaço apostas em aceleração adicional. Após a última reunião, a indicação era de que haveria uma alta na mesma magnitude, de 100 pontos-base. Agora, porém, com os riscos fiscais e a piora na dinâmica da inflação, já se vê uma alta de 125 bps como cenário mais provável no mercado.

Com Informações de InfoMoney