O Boletim Médico da Covid-19 de ontem (15) trouxe os dados que diariamente são enviados aos órgãos de imprensa e impressionam: 11.608 casos notificados no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), ou seja, uma média diária de 24 novos casos que chegam à unidade, seja por demanda espontânea ou pela regulação. Do total, 9.841 pacientes foram internados no hospital: uma média mensal de 615 internações.
No início da pandemia, o Hospital Regional contava com apenas 39 Leitos de UTIs, e atualmente esse número saltou para 125 leitos críticos. 86 novos leitos foram criados para atender a demanda. Além dos leitos, outro fator importante foi a contratação de mais de 880 funcionários novos para o atendimento ao paciente: enfermeiros, técnicos, médicos e residentes engrossaram o corpo clínico do hospital.
Devido ao planejamento estratégico do Gabinete de Crise, o oxigênio não foi motivo de preocupação, uma vez que as empresas se comprometeram a cumprir os contratos e não deixaram a instituição desabastecida. Já a falta de medicamentos por conta da grave crise mundial de insumos, deixou o HRMS em alerta, mas com apoio de outras unidades de saúde, com o manejo da SES e com o trabalho da CCIH no controle do uso dos medicamentos, os problemas foram contornados. Novas empresas entraram no mercado e já fizeram cotações, e devem nos próximos dias fazer entregas emergenciais dos medicamentos e insumos.
Nossos colaboradores também sentiram a pandemia: 683 foram testados positivos para a Covid-19 e sete foram a óbito, entretanto a vacinação dos trabalhadores da linha de frente surtiu efeito e desde abril deste ano, com a maioria dos servidores imunizados, os casos de covid-19 entre os funcionários caiu para menos de 1 infectado por dia, sem mortes.
O HRMS tem a menor taxa de letalidade em suas UTIs Covid; Menor que a média nacional, tanto para hospitais particulares, quanto para hospitais públicos. Durante a pandemia, o Hospital referência em Mato Grosso do Sul registrou uma taxa de 22,2%, ou seja, a cada 10 pacientes que foram atendidos nas ilhas intensivas, menos de 3 faleceram em decorrência da doença. De acordo com projeto UTIs Brasileiras, da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), os hospitais públicos nacionais tiveram 53,6% de óbitos registrados, enquanto os hospitais privados tiveram uma taxa de letalidade de 30,2%.
Para o diretor presidente do HRMS, Dr. Lívio Viana de Oliveira Leite, “Não há no Brasil hospital como o HRMS, ele acolheu cada sul-mato-grossense e entregou o melhor de seu corpo de assistência, se mostrando eficiente nas suas ações. O que temos hoje em número de leitos e de colaboradores equivale a dois, três hospitais em nossa cidade. A vacinação chegou e deu um alento aos brasileiro e com ela podemos retomar as eletivas e reabrir os ambulatórios, que são os próximos passos para dar a nossa população um hospital de referência e excelência não apenas em Covid-19, mas em todas suas referências”, destaca.