Andressa Urach falou sobre a relação com o filho, Arthur, de 15 anos. Em entrevista ao programa ‘Empire Style’, do SBT MG, a modelo e ex-vice Miss Bumbum disse que revelou todos os detalhes de seu passado turbulento para o jovem após o coma em 2015, quando a modelo ficou entre a vida e a morte devido às complicações da aplicação de hidrogel na perna.
“Contei. Foi bem difícil. Até o meu problema de saúde, minha mãe escondia dele porque ele era criança, era novinho. Então a gente acabava blindando ele. Depois do problema de saúde, que eu decidi escrever o livro para ajudar as pessoas, eu mesma sentei e li o livro todinho para ele”, explica.
Urach contou como Arthur reagiu ao episódio de zoofilia que a mãe relata no livro ‘Morri para viver: Meu submundo de fama, drogas e prostituição’, da Editora Planeta. Segundo ela, o menino a repreendeu. “Ele fez uma observação: ‘Poxa, mãe, cachorro não’. Pesado, né? É verdade, zoofilia. Eu era uma criança quando isso aconteceu, eu tinha 11 anos. Uma menina, uma amiguinha, me ensinou e eu fiz, não entendia nada. Estava na casa da minha amiga brincando de boneca, ela trouxe o cachorro e me fez fazer, e eu fiz. Não sabia o que podia e não podia”, argumenta.
“Ele entende que hoje ele tem mãe. Naquele estado em que eu me encontrava, uma Andressa viciada em cocaína, alcoólatra, que saía todos os dias para a balada… Eu não cuidava do Arthur. Minha mãe cuidava do Arthur. Sustentava a minha família. Dava presentes, o luxo, boa escola, todo esse suporte financeiro, mas eu era a ‘irmã mais velha’. Se não tivesse acontecido isso, eu teria morrido ou teria sido presa. Estava numa fase tão maluca que comecei a me envolver com bandidos, chefes de facções”.
Andressa relembrou quando tinha 27 anos e afirmou que era uma “panela de pressão prestes a explodir”. “Eu tinha tudo o que o mundo tem para oferecer: carro importado, casa luxuosa, viajei para vários países, era apresentadora de TV, tinha o corpo perfeito, ganhava de R$ 30 a R$ 60 mil por mês, todos os homens aos meus pés… Tudo o que a maioria sonha, eu realizei. Mas eu estava tão mal interiormente… A depressão é algo tão perigoso porque eu tinha tudo, mas estava sozinha. Me sentia vazia”, desabafa.
Saída da Igreja Universal
A modelo também falou sobre sua saída da Igreja Universal do Reino de Deus após seis anos. Criticada por parcela de fiéis, ela rebateu os “haters” e garantiu que sua fé não mudou. “Foi necessário eu sofrer, eu me converter… Mas a minha fé continua a mesma. Continuo acreditando em Jesus acima de qualquer coisa. Costumo dizer que a igreja não é o tijolo, a igreja somos nós. Nosso corpo é a nossa igreja”, reflete.
Ela, que renovou o visual recentemente, comentou sobre a ideia estereotipada da mulher evangélica. “As pessoas têm uma imagem de que crente não pode ter maquiagem, tem que usar roupa tapando tudo, não pode pintar o cabelo, nem usar esmalte colorido… Que tem que ser totalmente apagada. Isso é religiosidade. Crente? Até o diabo crê. A mesma Bíblia que coloca todas as regras tem como prioridade amar o próximo. Se eu te amo, eu não vou te julgar, porque se não, um dia, Ele vai te julgar da mesma maneira, na mesma intensidade”, acredita a modelo.
“Sou criticada desde criança, estou acostumada. Sou muito julgada. E penso que cada um dá o que tem. Eu tenho amor, então hoje eu dou amor para as pessoas. Mas eu entendo as pessoas que ferem porque eu já estive ferida e feri as pessoas também”, finaliza.