Governadores reagiram negativamente a inclusão de academias e salões de beleza como atividades essenciais, feita nessa segunda-feira ( 11 ) pelo presidente Jair Bolsonaro.
“Aqui no Maranhão nós sabemos que a terra é redonda e que precisamos cuidar do coronavírus com seriedade. Vai continuar a valer o decreto estadual”, disse em entrevista à Reuters o governador do Estado, Flávio Dino (PCdoB). No Twitter, o governador ironizou: “O próximo decreto de Bolsonaro vai determinar que passeio de jet ski é atividade essencial?”.
No Pará, o governador Hélder Barbalho negou qualquer mudança. “Reafirmo que aqui no Pará essas atividades (academias e salões de beleza) permanecerão fechadas. A decisão é tomada com base no entendimento do STF”, escreveu o governador em sua conta no Twitter.
No Ceará, o governador Camilo Santana foi na mesma linha: “Informo que, apesar do presidente baixar decreto considerando salões de beleza, barbearias e academias de ginástica como serviços essenciais, esse ato em nada altera o atual decreto em vigor no Estado do Ceará, e devem permanecer fechados. Entendimento do Supremo Tribunal Federal”.
Já em São Paulo, João Dória não comentou diretamente o decreto, mas listou as atividades econômicas que poderiam ficar abertas, e não constava nessa lista academias e salões de beleza.
Os Estados estão amparados pelo STF, que em decisão do plenário entendeu que cabe aos governadores e prefeitos definirem o que pode ou não abrir durante o combate à pandemia.
Fonte: Microsoft news
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